AGUILAR


Artista visual, videomaker, performer, escritor e compositor

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JOSÉ ROBERTO AGUILAR nasceu em São Paulo em 1941. Em 1958 já participava da vida cultural brasileira através do movimento Kaos, manifes- tação vanguardista de Jorge Mautner que incluía sessões de poesia, literatura e performance. Em 1961, realiza sua primeira exposição. Em 1963, é selecionado para a Bienal Internacional de São Paulo. Em 1965 junto com outros artistas nacionais e internacionais (Hélio Oiticica com os Parangolés), participa da famosa mostra OPINIÃO-65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1967, recebe o Prêmio Itamaraty na Bienal de São Paulo, onde volta a expor em 1969.

Durante a agitada década de 60, centraliza sua ação no atelier que possuía na Rua Frei Caneca, frequentado por grande parte dos responsáveis pela renovação política e cultural por que passava a vida brasileira. Na virada dos anos 70, é um dos criadores que se vê obrigado a viver no exterior. Morou em Londres, realizou exposição em Birmingham. Retorna ao Brasil em 1973, faz exposições no Rio e em São Paulo.

Entre 1974 e 1975, vive em Nova York, USA, onde começa a realizar um trabalho pioneiro de vídeo-arte. Convidado para a Bienal de São Paulo em 1977, realiza a peça performática Circo Antropofágico, com doze monitores de video no palco. Recebe o Prêmio Governador do Estado. Em 1978, participa de vídeo-performances no Beaubourg em Paris e no Festival de Vídeo-Arte de Tóquio. Em 1979 expõe novamente na Bienal de São Paulo.

Na década de 80, desenvolve grande atividade como pintor, realizando diversas exposições, e torna-se um dos artistas brasileiros com maior participação em mostras no exterior, sobretudo nos EUA e na Alemanha. Em paralelo, reforça sua imagem de multimídia através de inúmeras performances, da criação e apresentações da Banda Performática, da realização de montagens e espetáculos em praças 
públicas – sendo a mais espetacular o mega-evento da Revolução Francesa em 1989, onde coloca 300 artistas em cena, na frente do Estádio Municipal do Pacaembu.

A Banda Performática de Aguilar foi um ícone da contracultura dos anos oitenta. Ele, como artista-plástico,uniu performance,dança,pinturas e música. Fez seu primeiro disco em 82, com estreantes como Lanny Gordin,Paulo Miklos,Arnaldo Antunes sendo desta época, alguns de seus sucessos como ”Você Escolheu Errado seu Super-Herói”, gravado pelas Frenéticas.

Compõe músicas, grava discos, escreve e edita livros. Desenvolve suas ligações com a religiosidade e a capacidade humana de transcendência. São constantes as demonstrações de não ter medo de experimentar.

Nos anos 90, deu continuidade às suas múltiplas atividades. Realizou 2 grandes mega-exposições com quadros de grandes dimensões, no MASP em 1991 e no MAM-SP em 1996, além de exposições no exterior. Tornou-se diretor da Casa das Rosas, dinamizando aquele espaço cultural com grandes exposições sobre cultura brasileira (1996-2002). Trabalhou como representante do Ministério da Cultura em São Paulo até 2007. Com mais de quarenta anos de presença no panorama cultural, consolidou uma posição ímpar que se caracterizou pela diversidade e coerência.

Desde o início dos anos 2000 criou diversos trabalhos inspirados na Amazônia, onde mantém contato com comunidades locais próximas ao rio Tapajós e na paradisíaca vila de Alter do Chão.

Nesse vasto e mágico território, iniciou suas experiências com o látex, a seiva das seringueiras, com reflexões sobre o perene e o perecível, a vida e a conservação da natureza.

Além das obras que fazem parte da exposição VIDA, Aguilar produziu a instalação Barco Voador e co-dirigiu o filme-instalação O Olhar do Boto.

José Roberto Aguilar utiliza uma ampla gama de mídias para atingir seus objetivos e colocar suas ideias em prática. Nasceu em São Paulo, em 1941, no bairro da Bela Vista, onde tem sua residência e atelier.

© José Roberto Aguilar, Inc. São Paulo, Brasil.